Da Minha Janela. Natureza Enquadradacom curadoria de Marta Jecu, no Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor
29 de Novembro, 2025 | 12H25 - 12H26
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O Instituto Cultural Romeno em Lisboa apoia a apresentação da exposição “Da Minha Janela. Natureza Enquadrada” na cidade de Ponte de Sor. Com curadoria de Marta Jecu, a exposição estará patente no Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor entre 29 de novembro de 2025 e fevereiro de 2026. Com inauguração marcada para o dia 29 de novembro, a exposição reúne obras dos artistas Marcel Lupșe, Ștefan Pelmuș, Brândușa Bontea, Relu Bițulescu, Flora Răducanu, Constantin Pacea, Emanoil Mazilu, Daniela – Elena Grapa, Laurențiu Midvichi e Marinela Mantescu.
A exposição convida o visitante a encarar a natureza como uma imagem do ambiente tal como este é percebido. Ela reflete a interação entre a natureza interior e a exterior, bem como os códigos culturais e sociais que moldam a forma como compreendemos o espaço em que nos encontramos.
Esta seleção de obras de artistas romenos explora a forma como a natureza não é apenas representada, mas também observada através do filtro do ambiente doméstico. Em nenhuma das obras encontramos uma natureza selvagem, vegetal – mas antes uma natureza domesticada, interior. O tema desta seleção não é tanto a natureza em si, mas a forma como o observador a percebe quando se encontra no interior. O modo como olhamos a natureza revela o nosso sentimento de pertença social e esta coleção de obras mostra-nos como o indivíduo urbano, no contexto recente da Roménia, se relaciona com o seu ambiente.
Embora todas as obras apresentadas sejam recentes (2017–2025), elas representam estilos e códigos de representação que se perpetuaram e preservaram ao longo das últimas décadas. Nas oito variações de paisagem de Daniela Grapa, vemos como a artista define uma paisagem que parece exterior, através de uma oscilação entre diferentes estados de espírito pessoais. Nas obras de Marcel Lupșe, encontramos alusões ao desenho botânico e a uma ciência ancestral — a medicina natural — que permanece até hoje uma componente importante da cultura vernacular romena. O registo preciso das especificidades das plantas, em composições técnicas rigorosas, evoca um estilo consagrado de representação científica, utilizado desde a época das expedições do século XIX. Ștefan Pelmuș parte da natureza tal como ela se apresenta quando colocada sobre a mesa – transformada em alimento, seja físico ou espiritual, composta por elementos essenciais: vinho, pão, água, frutos. As suas pinturas remetem para um imaginário medieval, com alusões a miniaturas e representações codificadas em brasões. Em Patio de Sevilla, de Constantin Pacea, penetramos num universo doméstico que deixa igualmente espaço para sonhar com um universo desconhecido, mas seguro e protegido. A imagem cria uma ponte com o mundo ibérico com espaços arquitetónicos abertos, que exercem fascínio no imaginário romeno.
Nas obras de Laurențiu Midvichi, as cores ácidas e a frescura de uma estética específica dos anos 80 evocam os primórdios da era digital, em que o natural e o artificial se fundem. As paisagens de Relu Bitulescu, com uma natureza sombria e telúrica em cenas noturnas, transmitem um imaginário de lendas e paisagens ancestrais. Os interiores sombrios de Elena Răducanu, onde a natureza penetra na casa, evocam o espaço rural romeno e os seus materiais naturais, sobretudo a madeira bruta.
As representações da natureza reunidas nesta exposição, acolhida pelo Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, revelam antes a diversidade dos estilos culturais e dos códigos de representação praticados hoje na arte romena do que uma “paisagem romena” propriamente dita. A forma como a paisagem foi e é vivida, observada, reproduzida e disseminada diz muito sobre o modo como o indivíduo — o pintor, o observador — se vê a si próprio no mundo.
Algumas obras inscrevem-se no movimento do expressionismo abstrato tardio, outras têm uma abordagem mais conceptual e outras ainda são decorativas. Todas elas, porém, revelam o valor simbólico que a natureza tem, historicamente, na cultura romena.
Esta exposição baseia-se numa seleção de obras da coleção da Galeria WIN, Bucareste, Roménia.
A exposição convida o visitante a encarar a natureza como uma imagem do ambiente tal como este é percebido. Ela reflete a interação entre a natureza interior e a exterior, bem como os códigos culturais e sociais que moldam a forma como compreendemos o espaço em que nos encontramos.
Esta seleção de obras de artistas romenos explora a forma como a natureza não é apenas representada, mas também observada através do filtro do ambiente doméstico. Em nenhuma das obras encontramos uma natureza selvagem, vegetal – mas antes uma natureza domesticada, interior. O tema desta seleção não é tanto a natureza em si, mas a forma como o observador a percebe quando se encontra no interior. O modo como olhamos a natureza revela o nosso sentimento de pertença social e esta coleção de obras mostra-nos como o indivíduo urbano, no contexto recente da Roménia, se relaciona com o seu ambiente.
Embora todas as obras apresentadas sejam recentes (2017–2025), elas representam estilos e códigos de representação que se perpetuaram e preservaram ao longo das últimas décadas. Nas oito variações de paisagem de Daniela Grapa, vemos como a artista define uma paisagem que parece exterior, através de uma oscilação entre diferentes estados de espírito pessoais. Nas obras de Marcel Lupșe, encontramos alusões ao desenho botânico e a uma ciência ancestral — a medicina natural — que permanece até hoje uma componente importante da cultura vernacular romena. O registo preciso das especificidades das plantas, em composições técnicas rigorosas, evoca um estilo consagrado de representação científica, utilizado desde a época das expedições do século XIX. Ștefan Pelmuș parte da natureza tal como ela se apresenta quando colocada sobre a mesa – transformada em alimento, seja físico ou espiritual, composta por elementos essenciais: vinho, pão, água, frutos. As suas pinturas remetem para um imaginário medieval, com alusões a miniaturas e representações codificadas em brasões. Em Patio de Sevilla, de Constantin Pacea, penetramos num universo doméstico que deixa igualmente espaço para sonhar com um universo desconhecido, mas seguro e protegido. A imagem cria uma ponte com o mundo ibérico com espaços arquitetónicos abertos, que exercem fascínio no imaginário romeno.
Nas obras de Laurențiu Midvichi, as cores ácidas e a frescura de uma estética específica dos anos 80 evocam os primórdios da era digital, em que o natural e o artificial se fundem. As paisagens de Relu Bitulescu, com uma natureza sombria e telúrica em cenas noturnas, transmitem um imaginário de lendas e paisagens ancestrais. Os interiores sombrios de Elena Răducanu, onde a natureza penetra na casa, evocam o espaço rural romeno e os seus materiais naturais, sobretudo a madeira bruta.
As representações da natureza reunidas nesta exposição, acolhida pelo Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, revelam antes a diversidade dos estilos culturais e dos códigos de representação praticados hoje na arte romena do que uma “paisagem romena” propriamente dita. A forma como a paisagem foi e é vivida, observada, reproduzida e disseminada diz muito sobre o modo como o indivíduo — o pintor, o observador — se vê a si próprio no mundo.
Algumas obras inscrevem-se no movimento do expressionismo abstrato tardio, outras têm uma abordagem mais conceptual e outras ainda são decorativas. Todas elas, porém, revelam o valor simbólico que a natureza tem, historicamente, na cultura romena.
Esta exposição baseia-se numa seleção de obras da coleção da Galeria WIN, Bucareste, Roménia.
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