Não Tenho Terra nos Sapatos

Parte-se da reflexão sobre os impactos sociais, psicológicos e relacionais da revolução digital que vivemos. Trilham-se caminhos no cruzamento entre dança, videoarte, algoritmos generativos e manipulação de matéria orgânica ou sintetizada, de onde se vislumbra novo vocabulário e caminhos para a crítica ao novo capitalismo ultra vigilante e manipulador que nos cerca. Que questões éticas se levantam? A proposta, e talvez uma possibilidade de resposta, parte da curiosidade sociológica, passa por encontros-oficina com jovens nativos digitais e debruça-se sobre a Inteligência Artificial como mediador para a experimentação artística. Olhamos a condição humana num contexto onde o risco da sua própria sobrevivência deixou de ser uma ficção num lugar distante no futuro. Hoje, não temos terra nos sapatos, temos um chão cheio de pixels mortos que não conseguimos varrer para debaixo das nossas pernas de sofá.

 

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Promotora

• Theatro Gil Vicente
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